Contra o esquecimento!

€12,50

Maria José Porém, Carlos Ademar e José Lourenço, Contra o esquecimento!. O Concelho de Alenquer e a Ditadura (1926-1974), Volume 1, Ad Librum, Alenquer, 2024. 370 pp. Capa Mole. ISBN: 978-989-33-5834-4.

Quando em Março de 1927, Hipólito Cabaço, recém nomeado Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Alenquer, apresentou o seu programa de ação, esboçou um retrato do concelho deprimente. Segundo ele estávamos "(...) num estado de atraso que faz corar de vergonha (...) porque tudo ou quase tudo está por fazer (...)".

Mais acrescentou que era necessário um enorme esforço para que o concelho de Alenquer fosse "(...) considerado como fazendo parte da Europa e não da Papuazia onde pela sua cultura e progresso parece estar situado (...)".

Anos mais tarde, nos anos 40, segundo o testemunho oral do Padre José Eduardo Martins, pároco nesta vila a partir de 1975, o cardeal Cerejeira referia-se a Alenquer como "uma África às portas de Lisboa".

Em 1956, Pacheco da Conceição, presidente da CMA, respondendo a Francisco Machado, anterior presidente da edilidade, fazia alusão a "(...) um concelho que demonstra à evidência as faltas de tudo ou quase tudo quanto se necessita para viver com um mínimo de conforto social (...)".

Em 1960, 48,6% dos alenquerenses eram analfabetos. Em 2021, esse número situava-se em 2,8% e eram indivíduos idosos.

Em 1960. a taxa de mortalidade infantil no concelho de Alenquer foi de 53,6 por mil nascimentos. Em 2021 ficou-se nos 5,1.

O caminho foi longo, mas o 25 de abril de 1974, que agora celebra o seu 50º aniversário, contribuiu decisivamente para a mudança e deu um novo rosto ao concelho.

Condição: Novo